Kellogg Insight - Nada de pânico! Ferramentas para reduzir o estresse no trabalho
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Careers Leadership fev. 17, 2023

Nada de pânico! Ferramentas para reduzir o estresse no trabalho

Além de afetar o lado pessoal, o estresse pode também reduzir a produtividade. Veja como os gerentes podem tratar desse tema.

person putting head down on desk, writing, looking stressed out.

Lisa Röper

Based on insights from

Carter Cast

Qual foi a última vez que conversou com sua equipe para ver como todos estão se sentindo?

Se disseram que se sentem ansiosos e estressados, eles estão em boa companhia. O estresse entre trabalhadores adultos atingiu um nível recorde. E a liderança não está imune: Oitenta por cento dos executivos relataram problemas de saúde mental em 2020. Trinta e oito por cento disseram que começaram a tomar drogas ilícitas ou álcool para lidar com os sintomas.

Se sua equipe enfrenta preocupações sobre trabalho, vida pessoal ou uma combinação dos dois, é possível ajudar seus colegas a minimizar as respostas emocionais negativas aos desafios que enfrentam. E isso é importante porque, quando se gerencia o estresse adequadamente, as pessoas podem se concentrar mais facilmente em seus maiores objetivos profissionais e pessoais.

No recente webinarThe Insightful Leader Live, Carter Cast, professor clínico de estratégia, compartilhou ferramentas para ajudar os líderes e suas equipes a lidar melhor com o que muitas vezes parece incontrolável.

“Podemos treinar nossos cérebros para gerenciar de melhor maneira o estresse e a ansiedade”, diz Cast.

O estresse e a ansiedade são problemas de gestão

Cast revela que as tarefas secundárias, talvez mais do que as reuniões de alto risco ou os prazos apertados, estão entre as maiores causas de estresse no trabalho.

Gerentes e membros da equipe passam a maioria do dia respondendo e-mails e participando de reuniões, o que muitas vezes resulta em muito pouco tempo para outras coisas. Em vez de aumentar a desordem, reflita sobre onde você e sua equipe podem causar o maior impacto no trabalho e elimine as tarefas que não se alinham com esses objetivos mais amplos.

“Elimine o trabalho não essencial que está impedindo os funcionários de se concentrarem no trabalho essencial, e que lhes dá uma sensação de falta de paz de espírito”, diz ele.

Além de acabar com tarefas não essenciais, os gerentes também devem dar às equipes maior controle sobre como estruturam seu tempo. Isso os tira do que Cast chama de “modo de resposta”, onde os líderes se desdobram para atender às necessidades dos outros.

Ele gosta de lembrar seus colegas: “Se não priorizar sua vida, outra pessoa fará isso por você, e você pode não gostar dos resultados”. E, obviamente, o mesmo pode ser dito aos gerentes: se não ajudar sua equipe a priorizar seus horários, outra pessoa o fará no seu lugar.

Por exemplo, Cast aconselha as equipes a tentar organizar os dias em pequenos segmentos para correspondência, pensamento estratégico e reuniões. Dessa forma, as pessoas não ficam presas em um ciclo de interrupções constantes.

O ponto principal desse tipo de cronograma é ser realista.

“Divida seu dia em períodos distintos e dê uma folga entre os horários”, diz Cast. “Se você acha que a reunião vai levar uma hora, reserve 90 minutos para ela.”

E quando inevitavelmente ocorrerem mudanças de planos, estabeleça novas prioridades.

Valorize o bem-estar

Os gerentes influenciam a cultura do trabalho de várias maneiras. Cast diz que é importante, então, que criem um espaço onde as pessoas se sintam à vontade para expressar seus sentimentos—mais especificamente os sentimentos de estresse e frustração. A alternativa a essa estratégia é um ambiente onde as emoções surgem e crescem descontroladamente.

Ao colocar seus próprios sentimentos em primeiro lugar, mostre às pessoas que não há problema ser vulnerável.

“Crie uma cultura em que falar sobre saúde mental não seja estigma”, diz Cast.

Se fizer terapia para sua saúde mental, e se sente desinibido para mencionar isso, não se acanhe. Às vezes um chefe ser a primeira pessoa a demonstrar vulnerabilidade pode ser o impulso que outra pessoa precisa para se expressar livremente.

Você também pode incentivar hábitos saudáveis de outras maneiras. Por exemplo, não ter a expectativa de que se dê o exemplo com semanas de trabalho excessivamente longas ou de varar a noite trabalhando. Pessoas adultas que dormem pelo menos sete horas à noite relatam taxas mais baixas de estresse. Na experiência da Cast, os funcionários são simplesmente incapazes de trabalhar eficientemente por mais de 55 horas por semana por muito tempo.

Desenvolva uma perspectiva

Para reduzir o estresse e a ansiedade, Cast também recomenda uma estratégia usada por terapeutas cognitivo-comportamentais que sugere reexaminar—e, de preferência, mudar—a forma como devemos reagir a certos pensamentos e situações.

A estratégia funciona assim: Descreva um pensamento constante que o faz se sentir estressado, de preferência usando as palavras “deveria” ou “não deveria”. Por exemplo, se sua última apresentação foi um desastre, escreva: “Os líderes da minha organização deveriam ter sido mais entusiasmados com o meu argumento sobre a expansão para novos mercados”. Depois, escreva algumas frases explicando por que você acredita que isso seja verdade.

Em seguida, tome a perspectiva oposta. Nesse caso, você diria: “Os líderes da minha organização não deveriam ter sido mais acolhedores ao meu argumento de expansão para novos mercados”, e explicaria por que esse poderia ser o caso. Talvez você não tenha feito uma campanha de apoio suficiente antes da apresentação da ideia, ou talvez o momento não fosse o certo e os líderes talvez estivessem preocupados com a divulgação dos resultados financeiros da empresa no dia seguinte.

Ao forçar a si mesmo ver uma realidade alternativa, você pode ajudar a conter os crescentes pensamentos negativos e pode até se elaborar um plano de ação produtivo em resposta às preocupações.

“Talvez isso lhe permita ver as coisas de uma perspectiva diferente e fazer com que sinta um melhor senso de controle sobre como agir no futuro”, diz Cast.

Featured Faculty

Michael S. and Mary Sue Shannon Clinical Endowed Professor; Clinical Professor of Strategy

About the Writer

Melody Bomgardner is a freelance writer working in Bend, Oregon.

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